Por Ana Paula Blower
(Agência Fiocruz de Notícias)
Reproducimos el informe completo emitido el 23 de septiembre último por la agencia de noticias de la de la Fundacao Oswaldo Cruz. *
La Traducción Selectiva de SIIC solo aclara las palabras portuguesas de interpretación dudosa en castellano. Publicamos el texto completo original con el fin de contribuir a la familiarización de la lengua brasilera entre los hispanohablantes de Iberoamérica y el mundo.
Sociedad Iberoamericana de Información Científica (SIIC)
Um projeto desenvolvido [desarrollado] por pesquisadores do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia) e do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas) junto à secretaria municipal de Saúde de Belo Horizonte mostra que a “autodisseminação” de larvicidas por mosquitos urbanos pode ajudar no controle das doenças transmitidas por esses mesmos mosquitos, como a dengue.
O projeto distribuiu uma média de 2.500 ‘Estações disseminadoras de larvicida’ (EDLs) em nove bairros de Belo Horizonte ao longo de [durante] dois anos.
A intervenção reduziu a incidência de dengue em 29% nesses bairros, e em 21% nos bairros adjacentes, em comparação com os 258 restantes da cidade. Os resultados foram publicados, na última quinta-feira 19/ 9, na revista The Lancet Infectious Diseases.
Em julho, a tecnologia de EDLs foi oficialmente considerada pelo Governo Federal como uma das novas estratégias nacionais para o controle dos principais vetores da dengue, Aedes aegypti e Aedes albopictus.
“Nosso ensaio demonstra a eficácia do método no controle da dengue. Estudos anteriores mostraram os efeitos da autodisseminação de larvicidas sobre as populações de mosquitos, mas sem uma avaliação [evaluación] direta do impacto epidemiológico”, explica Sérgio Luz, coordenador do Núcleo de Patógenos, Reservatórios e Vetores na Amazônia (PReV Amazônia) e responsável pela pesquisa, juntamente aos pesquisadores Fernando Abad-Franch e José Joaquin Carvajal Cortes, ambos pesquisadores do Núcleo PReV Amazônia.
A estratégia da autodisseminação utiliza os próprios mosquitos para transferir partículas do larvicida das EDLs para criadouros não tratados diretamente. “Os mosquitos funcionam como uma espécie de “polinizadores” que levam o pó [polvo] de larvicida para outros criadouros, que muitas vezes não são atingidos [no se alcanzan] pelas ações tradicionais de controle – por estarem, por exemplo, em prédios fechados ou terrenos baldios, ou porque simplesmente são pequenos e muito difíceis de encontrar. Ninguém [ninguno] melhor do que o próprio [que el mismo] mosquito para saber onde ficam os locais [donde quedan los sitios] adequados para colocar seus ovos”, comenta Luz.
Sergio Luz ressalta que a equipe de pesquisadores mostrou, em trabalhos anteriores, que essa autodisseminação de larvicida pode atingir [abarcar] criadouros situados a distâncias de até 400 metros, reduzindo a abundância de mosquitos urbanos tanto na Amazônia quanto no Brasil central. “Agora”, explica o pesquisador, “mostramos que esse impacto nos vetores se traduz em uma diminuição significativa do número de casos de dengue”.
De acordo com o estudo, o fato de que a incidência de dengue também diminuiu, embora [aunque] mais modestamente, nos bairros contíguos aos da intervenção sugere que os mosquitos disseminaram o larvicida para além dos limites da área de instalação de EDLs.
Essa mobilidade dos vetores, contudo [sin embargo], também significa que provavelmente houve entrada de mosquitos de bairros não tratados para a área de intervenção, reduzindo em alguma medida o efeito das EDLs.
Menor impacto nos sistemas de saúde
Para dimensionar o impacto que uma diminuição de 29% na incidência de dengue pode ter nos sistemas de saúde pública, o artigo destaca que, no cenário comum, de um surto epidêmico com 100 mil casos da doença, o uso de EDLs poderia reduzir a pressão sobre o sistema de saúde em cerca de 29 mil casos sintomáticos.
No futuro, e com o apoio continuado do Ministério da Saúde, incluindo a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Coordenação Geral de Arboviroses e a Fiocruz, a equipe planeja replicar os ensaios de campo em outras cidades e em diferentes contextos ambientais e socioeconômicos.
Pesquisas em andamento avaliam, também, a possibilidade de usar a tecnologia das EDLs com larvicidas alternativos – o que pode ser crucial para o manejo de uma eventual aparição de vetores resistentes à molécula utilizada até o momento – e o desenvolvimento de EDLs mais práticas e fáceis de usar. Enquanto os resultados dessas novas linhas de investigação ficam disponíveis, o trabalho desenvolvido pela equipe da Fiocruz e seus parceiros desde 2011 oferece uma nova ferramenta para o controle de mosquitos urbanos e das doenças por eles transmitidas.
Estratégia incorporada pelo [por el] MS
Na última quarta-feira [El último miércoles], o Ministério da Saúde anunciou um novo plano de ação para reduzir os impactos da dengue e outras arboviroses no Brasil. Na ocasião, a pasta [En esta ocasión, el Ministerio] divulgou que irá expandir o uso das Estações Disseminadoras de Larvicida para controle do Aedes aegypti, transmissor da dengue, nas periferias brasileiras. O governo enfatiza que a estratégia, desenvolvida e coordenada por pesquisadores da Fiocruz Amazônia, foi testada e aprovada com resultados comprovados em 14 cidades brasileiras, de diferentes regiões, nas quais foi aplicada entre 2017 e 2020.
* Coordenadoria de Comunicação Social da Fiocruz (CCS)
La autodiseminación de larvicida por mosquitos reduce los casos de dengue en BH
Ana Paula Soplador (Agencia de Noticias Fiocruz)
23/09/2024
https://agencia.fiocruz.br/autodisseminacao-de-larvicida-por-mosquitos-reduz-casos-de-dengue-em-bh